O livro Estilo Magazine, do professor e jornalista Sérgio Vilas Boas, analisa o particular universo das revistas de informação. A obra mostra como evoluiu as características do texto em revista e suas diferenciações com os jornais diários. Assinala que o texto jornalístico tem coerência própria, padrão e estilo. Em foco as revistas "Veja" e "IstoÉ". Também chama a atenção do leitor para as diferenças entre o dia-a-dia dos noticiários e as publicações interpretativas semanais.
As revistas podem produzir textos mais criativos, utilizando recursos estéticos incompatíveis com a velocidade do jornalismo diário. O tempo disponível para produção lhe dá a oportunidade de pesquisar mais profundamente os acontecimentos. Busca informações sobre o antes, durante e o depois, e consegue proporcionar assim, uma visão geral dos fatos. Outro ponto positivo deste suporte é a liberdade de criação que o meio oferece aos autores.
Depois da fase de organização das ideias é preciso buscar um rumo harmonioso e atrativo para o texto. No ritmo frenético das redações é pouco comum a elaboração de textos leves, humorados e com toques sutis. Isso faz com que os textos se tornem comuns, como se fossem gerados por máquinas. A revista tende a preencher a lacuna deixada pelo telejornalismo. A tonalidade é a característica que mais diferencia a revista de um jornal. Na revista, o tom é uma escolha prévia de linguagem e no jornal as matérias soam com objetividade e isenção. É válido encontrar uma linguagem apropriada para o contexto do assunto abordado, dando ritmo à leitura.
Segundo Sergio Vilas Boas, as revistas exigem dos profissionais textos elegantes e sedutores. Sendo assim, o leitor é atraído e não dispensa a leitura do material sem chegar às últimas páginas. Pensar por que escrever é fazer funcionar de modo organizado a lógica do pensamento. “Sem isso, dificilmente um texto mais longo alcançaria seu maior objetivo que é prender a atenção do leitor do inicio ao fim”, ressalta o autor.
Entender sobre o assunto abordado e ter muitas informações sobre ele, ajuda na elaboração da matéria. Vilas Boas sugere: “Construa-o com a mesma fome que o leitor lerá.” Ele também recupera o histórico do New Journalism, gênero expoente na imprensa americana na década de 60. É o que se pode chamar de jornalismo literário, realçando a observação participante do repórter, buscando a fusão entre as técnicas jornalísticas e literárias. Porém, quando se trata de diferenciar a linguagem da reportagem a do romance, Vilas especifica que a supra-realidade não interessa ao jornalismo.
Ao longo da obra, Sérgio Vilas Boas analisa o perfil de revistas, como a extinta “O Cruzeiro” (1928), que, por meio de reportagens investigativas e polêmicas, contribuiu para reafirmar o gênero magazine no Brasil. Segundo Vilas Boas, a receita era simples: resenha do noticiário nacional e internacional da semana, com um fardo material fotográfico, reportagens e uma série de colunas abordando vários assuntos.
No terceiro capítulo, o livro traz trechos de matérias publicadas pela Veja e pela IstoÉ. O autor analisa que a abertura das matérias é quase sempre uma narrativa climática seguida do primeiro tópico frasal. Através de exemplos e sugestões, salienta nuances do texto, mostrando outras possibilidades de escrita.
O livro é, praticamente, uma conversa com o leitor, Sergio Vilas Boas destaca formas cabíveis ao desenvolvimento de um jornalismo mais criativo. "O Estilo Magazine" traz um bom apanhado sobre o estilo, a fluência, uniformidade, tonalidade e apuração do jornalismo de interpretação. Esta leitura é importante tanto para profissionais de imprensa, como para estudantes de jornalismo.
As revistas podem produzir textos mais criativos, utilizando recursos estéticos incompatíveis com a velocidade do jornalismo diário. O tempo disponível para produção lhe dá a oportunidade de pesquisar mais profundamente os acontecimentos. Busca informações sobre o antes, durante e o depois, e consegue proporcionar assim, uma visão geral dos fatos. Outro ponto positivo deste suporte é a liberdade de criação que o meio oferece aos autores.
Depois da fase de organização das ideias é preciso buscar um rumo harmonioso e atrativo para o texto. No ritmo frenético das redações é pouco comum a elaboração de textos leves, humorados e com toques sutis. Isso faz com que os textos se tornem comuns, como se fossem gerados por máquinas. A revista tende a preencher a lacuna deixada pelo telejornalismo. A tonalidade é a característica que mais diferencia a revista de um jornal. Na revista, o tom é uma escolha prévia de linguagem e no jornal as matérias soam com objetividade e isenção. É válido encontrar uma linguagem apropriada para o contexto do assunto abordado, dando ritmo à leitura.
Segundo Sergio Vilas Boas, as revistas exigem dos profissionais textos elegantes e sedutores. Sendo assim, o leitor é atraído e não dispensa a leitura do material sem chegar às últimas páginas. Pensar por que escrever é fazer funcionar de modo organizado a lógica do pensamento. “Sem isso, dificilmente um texto mais longo alcançaria seu maior objetivo que é prender a atenção do leitor do inicio ao fim”, ressalta o autor.
Entender sobre o assunto abordado e ter muitas informações sobre ele, ajuda na elaboração da matéria. Vilas Boas sugere: “Construa-o com a mesma fome que o leitor lerá.” Ele também recupera o histórico do New Journalism, gênero expoente na imprensa americana na década de 60. É o que se pode chamar de jornalismo literário, realçando a observação participante do repórter, buscando a fusão entre as técnicas jornalísticas e literárias. Porém, quando se trata de diferenciar a linguagem da reportagem a do romance, Vilas especifica que a supra-realidade não interessa ao jornalismo.
Ao longo da obra, Sérgio Vilas Boas analisa o perfil de revistas, como a extinta “O Cruzeiro” (1928), que, por meio de reportagens investigativas e polêmicas, contribuiu para reafirmar o gênero magazine no Brasil. Segundo Vilas Boas, a receita era simples: resenha do noticiário nacional e internacional da semana, com um fardo material fotográfico, reportagens e uma série de colunas abordando vários assuntos.
No terceiro capítulo, o livro traz trechos de matérias publicadas pela Veja e pela IstoÉ. O autor analisa que a abertura das matérias é quase sempre uma narrativa climática seguida do primeiro tópico frasal. Através de exemplos e sugestões, salienta nuances do texto, mostrando outras possibilidades de escrita.
O livro é, praticamente, uma conversa com o leitor, Sergio Vilas Boas destaca formas cabíveis ao desenvolvimento de um jornalismo mais criativo. "O Estilo Magazine" traz um bom apanhado sobre o estilo, a fluência, uniformidade, tonalidade e apuração do jornalismo de interpretação. Esta leitura é importante tanto para profissionais de imprensa, como para estudantes de jornalismo.
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